Instituto de Gerenciamentos de Projetos

GP em PMEs - Por que não ?

Pessoal, desculpe pelo afastamento, mas esta semana novamente problemas pessoais  tomaram todo o meu tempo deixando de postar diversas matérias sobre gerenciamento de projetos e afins.
Bem vamos ao que interessa. No último post, comecei a contar a história do Charlie (nome fictício) e seu problema com um projeto mal-sucedido, porém dois dias após postar ele me ligou muito bravo, e me pediu para não terminar a história, pois ele queria esquecer isto. Disse à ele que pensaria no assunto, estou tentando convencê-lo que isso que aconteceu com ele nada mais é do que uma lição aprendida, mas ele continua irredutível. Não desistirei acreditem, espere mais um pouco e me comprometo a terminar de contar a história.
Bom enquanto isso vamos falar sobre projetos. Há cerca de uns 15 dias iniciei uma discussão no LinkedIn, com o seguinte tema: “Por que médias e pequenas empresas não "levam a sério" o GP, falta de maturidade, demanda financeira, falta de conhecimento, ou outro fator?”. (clique no link para acessar a matéria completa, somente para inscritos no grupo Gerenciamento de Projetos, no LinkedIn:
Após muita discussão sobre o assunto, em que alguns diziam que o problema era custo, outros falta de maturidade da organização e até humana e ainda a simples e pura ignorância, etc.
Cabe destacar nesse post um debate que tive com o professor Farhad, sobre ter ou não um gerenciamento de projetos nas PMEs, inclusive com apresentação de case vivido por mim, ele a favor de se contratar consultorias externas (outsourcing) para fazer o gerenciamento (coisa que está corretíssimo, pois o que interessa é ter uma melhor prática aplicada) e eu querendo defender a implantação do escritório de projetos na organização, mas ambos chegamos à conclusão que tudo depende da visão estratégica da empresa.
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A visão estratégica deveria obedecer ao seguinte paradigma, no caso de gerenciamento de projetos: se a empresa não tem competência para gerenciar projetos, não se acanhe, procure fora (outsourcing), se houver muitos projetos (vocacional) pense seriamente em adotar um escritório de projetos, senão ela desaparecerá. Tom Peters descreveu bem isso: “Nos próximos 20 anos, todo o trabalho dos executivos do planeta será desenvolvido por meio de projetos.”. Isso é maturidade.
Convido a todos a participar do grupo “Gerenciamento de Projetos” no LinkedIn.
Um abraço a todos.

O Projeto Fatal - 1ª parte

Bem como prometido vou descrever uma história que aconteceu com um amigo na empresa em que ele trabalhava, antes quero destacar algumas coisas, primeiro, não vou divulgar o seu nome real, usaremos a alcunha de Charlie, e nem da empresa em que ele trabalha (ele esta lá até hoje), pois se eu fizesse isso ele nunca me perdoaria, segundo, os fatos aconteceram mesmo, se o que descreverei aconteceu com você também, pode acreditar é mera coincidência. Mas vamos à história.
Eu conheci o Charlie num curso de introdução as boas práticas em gerenciamento de projetos, ele me pareceu a primeira vista, meio perdido, conforme me confidenciou depois, que nunca ouvirá falar de gerenciamento de projetos, ele me disse que o diretor da empresa leu numa revista que aquilo era o futuro, que as empresas que teriam sucesso em longo prazo teriam que adotar, então decidiu “bancar um curso” sobre o assunto.
Ele é um cara muito legal fizemos amizade muito rapidamente, pois além de morarmos perto, voltávamos junto no mesmo ônibus, faziamos parte do mesmo grupo de trabalho, fora as cervejas que tomávamos após as aulas com o pessoal do curso.
Numas dessas cervejadas pós-aulas, estávamos falando sobre a experiência de cada um em gerenciamento de projetos, uma amiga (trabalhávamos juntos em uma empresa) disse que achava gerenciamento de projetos o futuro, outra disse que era a profissão que mais oferta teria no mercado, mas a melhor foi a resposta do Charlie, ele disse: “- Cara pra mim esse negócio de projeto era coisa de arquitetura, engenharia, nem imaginava que era isso que tô aprendendo.”
As semanas passaram, o curso foi chegando ao seu final, e o Charlie continuava mais perdido que cupim em metalúrgica, mas, ele se formou, primeiramente porque era um cara esforçado e também muito esperto, pois o tal diretor havia dito que se ele não fosse aprovado no curso, não precisaria nem vir trabalhar no dia seguinte. (palavras dele)
Bem, após o curso mantivemos contato com todo o pessoal, havíamos fortalecido um networking, em que pelo menos uma vez por mês se reuníamos para a tal cervejada, agora pós-trabalho.
Nessas cervejadas o Charlie vivia reclamando que a pior coisa que havia feito na vida foi ter ido a esse curso, o diretor dele determinou que tudo fosse baseado em projetos, ele tinha até que ministrar aulas sobre as “áreas do conhecimento” para o pessoal da empresa. Isso me deixou muito preocupado, pois o Charlie não era lá muito didático, mas até ai tudo bem.
Passados alguns meses, recebi uma ligação do Charlie pedindo ajuda, pois o maior projeto da empresa estava afundando e ele seria nomeado oficialmente o capitão do barco, ou seja, ele iria afundar junto. Falei para ele ficar calmo e que nos reuniríamos para tomar conhecimento do que estava acontecendo e qual seria a melhor estratégia a usar.
Bem chamei o pessoal do curso para se reunir, e o Charlie expôs o seu projeto.

No próximo post continuarei com a história...

P.S.: Charlie desculpe...rrrsssss